29/08/2012
A Operação Catedral, deflagrada na madrugada desta quarta-feira, prendeu pelo menos 18 suspeitos de ter envolvimento com uma quadrilha que explora o jogo do bicho no Centro do Rio e em São Cristóvão, na Zona Norte. A ação é realizada por homens da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).
Além dos contraventores, a ação tem o objetivo de prender nove policiais (civis e militares, cinco deles na ativa) envolvidos num esquema que pagava propina de R$ 30 mil mensais a policiais. Entre os 24 criminosos que têm mandado de prisão expedido pela Justiça, estão o contraventor do jogo do bicho Evandro Machado dos Santos (conhecido como “Bedeu”); seu filho Alessandro Ferreira dos Santos; o capitão chefe do Serviço Reservado (P2) do 5º Batalhão da Polícia Militar; o chefe do Setor de Investigações da 4ª Delegacia Policial; e dois sargentos da PM que são supervisores de graduados da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro da Providência.
A Operação Catedral é resultado de sete meses de investigação da Ssinte e conta com apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO-IE), da 1ª Central de Inquéritos do Ministério Público, das corregedorias das Polícias Civil e Militar e da Corregedoria Geral Unificada (CGU) da Seseg. Ao todo, foram expedidos 24 mandados de prisão e 30 mandados de busca e apreensão.
Funcionamento da organização criminosa
De acordo com as investigações, o grupo comandado pelo contraventor “Bedeu” detinha o domínio do jogo do bicho em grande parte do Centro (Central, ruas Uruguaiana e Rosário e Largo da Carioca) e de São Cristóvão, comprovando a divisão territorial existente entre os diversos grupos integrantes da chamada “máfia da contravenção” na cidade do Rio de Janeiro.
As investigações comprovaram que a atividade criminosa desenvolvida contava com uma complexa rede de integrantes que integravam uma bem montada estrutura de divisão de tarefas. Funcionando como uma empresa do crime, a organização tinha divisões financeira e administrativa e assessoria jurídica externa. Com um faturamento mensal em torno de R$ 170 mil, a organização criminosa fazia pagamentos de cerca de R$ 30 mil em propinas para os policiais civis e militares envolvidos.
O primeiro envolvimento de policiais com o jogo do bicho na região da Central foi identificado em 2006, culminando com a expulsão, dos quadros da Polícia Civil, da delegada titular da 4ª DP, acusada de envolvimento com a contravenção e prática do crime de tortura a mando de contraventores, de acordo com investigações da CGU.
A atual organização criminosa contava também com policiais em seu corpo de seguranças, os quais, além da proteção dos pontos de exploração da jogatina ilegal e da segurança dos chefes da organização, eram responsáveis pelo vazamento de informações relativas a operações policiais que seriam realizadas pelos órgãos de segurança do Estado.
Comandando a quadrilha com mãos de ferro, “Bedeu” e seu filho Alessandro ostentavam estilo de vida de alto padrão, morando em mansões em área nobre da cidade, com carros importados e até um iate. Os monitoramentos da Ssinte apontaram ainda ligações entre diversas famílias de contraventores no Rio de Janeiro, a divisão territorial dos pontos de exploração dos jogos ilegais na cidade e o estreito relacionamento entre as organizações.
Os 30 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em residências e em escritórios da organização. Ao longo da apuração, a SSINTE deteve outros 25 membros da organização criminosa, que funcionavam como anotadores/apontadores de apostas (conhecidos como “aranhas”) nos pontos de exploração do jogo ilegal.
A Operação Catedral, deflagrada na madrugada desta quarta-feira, prendeu pelo menos 18 suspeitos de ter envolvimento com uma quadrilha que explora o jogo do bicho no Centro do Rio e em São Cristóvão, na Zona Norte. A ação é realizada por homens da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).
Além dos contraventores, a ação tem o objetivo de prender nove policiais (civis e militares, cinco deles na ativa) envolvidos num esquema que pagava propina de R$ 30 mil mensais a policiais. Entre os 24 criminosos que têm mandado de prisão expedido pela Justiça, estão o contraventor do jogo do bicho Evandro Machado dos Santos (conhecido como “Bedeu”); seu filho Alessandro Ferreira dos Santos; o capitão chefe do Serviço Reservado (P2) do 5º Batalhão da Polícia Militar; o chefe do Setor de Investigações da 4ª Delegacia Policial; e dois sargentos da PM que são supervisores de graduados da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro da Providência.
A Operação Catedral é resultado de sete meses de investigação da Ssinte e conta com apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO-IE), da 1ª Central de Inquéritos do Ministério Público, das corregedorias das Polícias Civil e Militar e da Corregedoria Geral Unificada (CGU) da Seseg. Ao todo, foram expedidos 24 mandados de prisão e 30 mandados de busca e apreensão.
Funcionamento da organização criminosa
De acordo com as investigações, o grupo comandado pelo contraventor “Bedeu” detinha o domínio do jogo do bicho em grande parte do Centro (Central, ruas Uruguaiana e Rosário e Largo da Carioca) e de São Cristóvão, comprovando a divisão territorial existente entre os diversos grupos integrantes da chamada “máfia da contravenção” na cidade do Rio de Janeiro.
As investigações comprovaram que a atividade criminosa desenvolvida contava com uma complexa rede de integrantes que integravam uma bem montada estrutura de divisão de tarefas. Funcionando como uma empresa do crime, a organização tinha divisões financeira e administrativa e assessoria jurídica externa. Com um faturamento mensal em torno de R$ 170 mil, a organização criminosa fazia pagamentos de cerca de R$ 30 mil em propinas para os policiais civis e militares envolvidos.
O primeiro envolvimento de policiais com o jogo do bicho na região da Central foi identificado em 2006, culminando com a expulsão, dos quadros da Polícia Civil, da delegada titular da 4ª DP, acusada de envolvimento com a contravenção e prática do crime de tortura a mando de contraventores, de acordo com investigações da CGU.
A atual organização criminosa contava também com policiais em seu corpo de seguranças, os quais, além da proteção dos pontos de exploração da jogatina ilegal e da segurança dos chefes da organização, eram responsáveis pelo vazamento de informações relativas a operações policiais que seriam realizadas pelos órgãos de segurança do Estado.
Comandando a quadrilha com mãos de ferro, “Bedeu” e seu filho Alessandro ostentavam estilo de vida de alto padrão, morando em mansões em área nobre da cidade, com carros importados e até um iate. Os monitoramentos da Ssinte apontaram ainda ligações entre diversas famílias de contraventores no Rio de Janeiro, a divisão territorial dos pontos de exploração dos jogos ilegais na cidade e o estreito relacionamento entre as organizações.
Os 30 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em residências e em escritórios da organização. Ao longo da apuração, a SSINTE deteve outros 25 membros da organização criminosa, que funcionavam como anotadores/apontadores de apostas (conhecidos como “aranhas”) nos pontos de exploração do jogo ilegal.
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Obrigado, Renato Freire