29/08/2012
Ex-diretor da Dersa diz que denúncias contra ele são mentirosas
Marina Marquez, do R7, em Brasília
O engenheiro e ex-diretor estatal paulista da Dersa (Empresa de Desenvolvimento Rodoviário S.A. do Estado de São Paulo) Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, disse nesta quarta-feira (29), em depoimento na CPI do Cachoeira, que as notícias sobre um desvio de R$ 4 milhões que ele teria feito de doações para campanha de José Serra (PSDB) em 2010 são mentirosas e que "é muito difícil resistir a denúncias".
Paulo Preto comandou a estatal durante a gestão de Geraldo Alckmin (PSDB), a partir de 2005 e foi demitido depois de entregar um dos trechos da obra do Rodoanel, em São Paulo, em 2010.
– Ninguém está imune a ataques e a enfrentar turbulências. Quando se está no olho do furacão, podemos nos machucar. É muito difícil resistir a uma saraivada de denúncias loucas e caluniosas. Cada homem é o ferreiro de sua própria sorte.
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Segundo ele, todas as matérias veiculadas supostamente denunciando o desvio de dinheiro são caluniosas, e ele está movendo 16 processos judiciais contra as empresas de comunicação que publicaram o fato.
– Eu fui acusado de roubar R$ 4 milhões para um empresário que não existe. Eu atribuo má fé. É tudo de injúria e eu vou provar. Os incompetentes devem continuar com medo de mim. De repente um determinado ET chega numa matéria depois que eu já estava fora do governo e diz que sumi com R$ 4 milhões. Eu nunca saí de São Paulo, não preciso fugir.
Paulo Preto disse que só fez doação para campanha uma vez na vida e que nunca foi filiado a nenhum partido político.
– Eu sou um gestor público. Nunca fui filiado a nenhum partido político. Fiz uma doação ao governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) de R$ 5 mil, doação de pessoa física.
O engenheiro entregou uma série de documentos aos parlamentares, incluindo um CD com cópia de contratos, seu sigilo bancário e processos criminais que tem movido contra a imprensa.
Delta
Paulo Preto é apontado pelas investigações da Polícia Federal como responsável por contratos entre a estatal paulista e a construtora Delta, suposto "braço financeiro" do grupo do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Segundo ele, diferente de tudo que tem sido dito, a Delta só tem um contrato com a estatal paulista, que representa um valor mínimo. Nunca teria sido beneficiada irregularmente em São Paulo.
– Eu licitei na Dersa R$ 11,5 bilhões. A Delta participou de todas as licitações na praça e perdeu todas elas por preço maior. A única obra que a Delta tem na Dersa é a obra da Marginal Tietê, que representa 1,9% desse valor.
Racismo
Paulo Souza afirmou ainda que o apelido que atribuíram a ele, Paulo Preto, é racista e tem objetivo de desmoralizá-lo.
– Não tenho nenhum funcionário que me tratasse com esse apelido. Paulo Preto não foi convocado a essa comissão. Paulo Oliveira de Souza, Paulo Souza, o Souza, está aqui à disposição dos senhores senadores e deputados.
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Obrigado, Renato Freire